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Momento Zen: Como organização me ajudou com a ansiedade

Vocês já notaram que passei por um processo de me entender melhor pelo meu guarda-roupa. Mas esse não foi a única maneira que descobri mais sobre mim, afinal, também me encontrei na organização. E resolvi que seria legal falar para você sobre isso já que me ajudou bastante e acho que pode ser útil para vocês.

IMPORTANTE: ESSE É O ROTEIRO QUE FIZ PARA UM VÍDEO PARA MEU CANAL DO YOUTUBE SOBRE O TEMA. Confira:



Geralmente, quando alguém procura entender um pouco mais sobre organização e como tornar-se uma pessoa organizada, o provável motivo para é isso é que a pessoa sente que não está sabendo lidar com o tempo da maneira mais inteligente possível. Seja porque ela está muito sobrecarregada, tentando realizar muitas tarefas e sentindo frustrada ao não conseguir dar conta delas, seja porque ela não faça muita coisa assim, mas sinta que não está aproveitando o tempo da maneira como gostaria, alguém que não sabe muito bem what the fuck está fazendo da vida, com desejos que nunca coloca em prática (olá, essa sou eu :p).

Dessa forma, um dos primeiros e grandes benefícios da organização é conseguir encontrar um equilíbrio entre as tarefas do a dia a dia e o relógio com apenas 24 horas. Afinal, ao estipular uma grade de horários para os compromissos e tarefas do dia (ou da semana), você consegue entender quais, de fato, são possíveis de serem colocados em prática durante o dia. 

Se ficarmos com todas as tarefas e compromissos que precisamos cumprir apenas na cabeça, é normal acabarmos achando que damos conta de MUITO mais coisas do que realmente conseguimos dar em um dia de 24 horas (além de ser mais fácil de esquecer desses afazeres, né?). Isso acontece, entre outros motivos, porque apenas consideramos as tarefas em si quando pensamos no dia realmente sem organizá-lo. Não consideremos hábitos diários como o tempo de deslocamento, o tempo para se arrumar e tomar café, entre outros, que podem levar de 3-4 horas do nosso dia. Diz que não?

Quando a gente prepara o nosso dia, tentando fazer uma distribuição das tarefas ao longo dele, demarcando horários para as tarefas ou elegendo as principais do dia, por exemplo, temos muito mais clareza do que é e do que não é possível realizar.  Compreendemos que algumas dessas tarefas terão que ser adiadas simplesmente porque elas não cabem nas horas do dia. E essa seleção do que deverá ser realizado no dia e o que deverá ser adiado (ou até mesmo cancelado) é um processo que parece banal, mas que é algo primordial que é definir PRIORIDADES. 

E a definição de prioridades é real função da organização. Ter uma rotina produtiva e uma casa arrumada, por exemplo, é apenas umas das consequências da organização, ao colocarmos as prioridades em prática, mas não o objetivo dela em si.

Para você ser uma pessoa organizada, você não precisa nascer com “um dom natural” ou gosto pela coisa. Você simplesmente precisa parar um pouquinho e pensar: O que é importante para mim? O que eu quero fazer e alcançar na minha vida? Essas são as suas prioridades. E é exatamente por isso que eu acredito que a organização serve como um antídoto para a ansiedade. A ansiedade é um sentimento que está quase sempre de mãos dadas com um medo: medo de não conseguir dar conta de tudo, medo errar, medo de não suprir as expectativas dos outros e/ou as nossas próprias expectativa.

Minha ansiedade, por exemplo, sempre namorou o medo da morte: eu tinha tanto medo da morte que era difícil eu passar uma semana sem pensar nela. Eu achava que ela sempre estava chegando. E meu medo não era de COMO eu morreria, mas quando. E eu demorei bastante tempo para entender que esse medo não era da morte em si, mas de não viver tudo aquilo que eu achava que eu deveria viver. Eu tinha sonhos, objetivos, desejos… Ah! Eu tinha muito para viver. Eu não poderia morrer aqui e agora, atravessado essa rua. E esse medo me deixava ansiosa porque já pensou se morresse amanhã? Ao mesmo tempo que quando eu sentia que eu não estava utilizando meu tempo de vida do jeito que eu queria, eu ficava com medo (porque a morte podia estar chegando, não é?). Era uma situação paralisadora.

Quando eu comecei a ler mais sobre organização, eu não estava tentado mudar esse ciclo, que eu até sabia que existia, mas não sabia como sair dele. Eu simplesmente estava buscando saber como poderia dar mais utilidade para o meu cotidiano: criar hábitos que eu sempre quis ter, mas sempre deixava para depois, como meditar, fazer atividade física, me dedicar aos estudos, ficar menos tempo no computador e por aí vai... Porque eu sentia que eu estava sendo levada pela vida e não levando  vida que eu queria levar.

Mas assim que eu comecei a ler o primeiro livro que li sobre o assunto, que no caso foi o Vida Organizada da Thais Godinho, um dos primeiros passos indicados para que eu (ou qualquer leitor) me tornasse organizada era saber quais eram minha prioridades. Que eu fizesse exatamente as reflexões que citei acima. E foi aí que eu me toquei que eu não sabia o que eu queria para minha vida. Eu não sabia quais eram meu sonhos ou os meus objetivos. Eu não sabia o que me deixava feliz. Ou eu até podia saber que, sei lá, eu tinha um objetivo de emagrecer. No entanto, um outro passo importante era questionar as suas prioridades: Por que isso é prioridade? E aí as coisas ficaram mais difíceis. Ou seja, eu tinha um medo enorme de ir embora antes de fazer tudo que eu queria fazer, só que ao mesmo tempo eu nem sabia, de verdade, quais eram esses grandes feitos que eu queria alcançar.

Mas para eu perceber isso, eu precisei de algumas poucas e boas leituras sobre o assunto. Porque essa situação que hoje parece óbvia para mim, na época, era invisível. Só quando eu percebi que essa fase primordial de definição de prioridades era mais importante do que a "criação–de–uma–rotina–com horários–definidos–para–os–hábitos–que–queria–incorporar" (a criação de rotina pela criação de rotina, sabe?) que eu realmente me tornei alguém mais organizada. Porque eu tinha prioridades. Pelo menos uma noção mínima, já que eu ainda acho que estou no processo de descobrir minhas verdadeiras ambições. 

Mas quando eu consegui definir esses “rascunhos”, digamos, de prioridades, minha vida realmente já passou a fazer mais sentido. Porque tudo que eu faço, agrega em algo para mim. E as chances de eu gastar tempo de vida e energia em algo ou alguém que não é importante para mim ficaram menores. Eu fazer algo porque é isso que a sociedade espera de mim é menor. E, assim, eu comecei a lidar melhor com a ansiedade. Por exemplo, eu não vou para um rolê com pessoas que não significam muito para mim por FOMO (Fear Of Missing Out). Mas eu vou passar um tempo com meus amigos que importam. Quando meus pais me ligarem para falar comigo ao telefone, eu não vou responder qualquer coisa porque estou ocupada com computador ou televisão porque eu sei que ter contato com meus pais que não moram mais comigo é mais importante. Isso, claro, é prática e um exercício diário. Afinal, é difícil sair do modus operandi.

Ter prioridades me ajudou me importar mais com o agora, afinal eu entendi NA PRÁTICA que é com o hoje e o agora que eu construo o meu futuro. Afinal, nós LITERALMENTE só temos o hoje. Ninguém sabe (mesmo!) o que vai acontecer amanhã. E, dessa forma, o meu futuro ficou menos idealizado. Porque do jeito que levava a vida (ou melhor dizendo, que a vida me levava) parecia que o futuro era a terra prometida da felicidade eterna. O futuro seria melhor que o presente. Mas ele não existe, né? O presente existe.

Então, além de me ajudar a levar a vida que eu quero viver e alcançar os objetivos que eu quero alcançar, a organização também me deixou menos ansiosa porque eu parei de esperar pelo "futuro maravilhoso" e viver o presente. E, por isso, eu posso garantir que você não precisa ter medo da morte como eu para curtir os benefícios da organização. Esperar pelo futuro e menosprezar o presente é uma máxima na nossa sociedade. Parece que está todo mundo esperando o fim de semana ou as férias para curtir a vida e ser feliz; parece que está todo mundo esperando o salário cair ou ganhar na loteria para realizar os sonhos. 

Por isso, quando você define suas prioridades, você percebe que não precisa mais viver assim. Primeiro, você vai perceber que certos hábitos não fazem mais sentido, então você vai os eliminar da vida – e isso pode ser uma coisa simples como, sei lá, parar de gastar dois reais todo dia com um cafézinho depois do do almoço ou algo mais impactante como mudar de profissão. Segundo, que tudo que permanecer serão coisas que importam para você. E você vai conseguir focar nelas e até mesmo sentir #gratidão por todas elas. Porque talvez você precise fazer um tarefa chata para o trabalho hoje, mas essa tarefa é apenas uma de tantas legais que te possibilita estar num emprego que você sempre quis ter. Mas, claro, sabemos que mudar hábitos não é algo fácil. Então seja paciente com você (e lembre por que é tão importante construir ou livrar-se desse hábito!).

Quando a gente percebe quais coisas realmente são importantes, fica mais fácil identificar quais não são e, assim, fica mais fácil transformarmos nossos sonhos em realidade. Afinal, cortar o café de “só” dois reais por dia, te ajudou a poupar um dinheirinho para fazer um passeio por uma praia perto da sua cidade no final do ano, né? <3 

Esse é meu relato. Se vocês já passaram por uma experiência parecida, me conta nos comentários. Beijos e até a próxima! 







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