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Ser adulto acontece... E me deixa perdida

Assim que eu comecei a trabalhar, eu comecei a assumir responsabilidades - ou ao menos tentar. Nas férias da faculdade, ao invés de curtir o tempo livre pelas manhãs, levantei minha bunda da cama e comecei a procurar por uma boa auto escola perto de casa. Tenho 20 anos e nunca aprendi a dirigir, embora tivesse as tardes parcialmente desocupadas nos últimos dois anos. 


Terminei a curso teórico e aguardo a data da realização da prova, para que eu possa seguir para a próxima fase. Foram duas semanas puxadas. As aulas começavam às oito, terminavam ao meio dia e vinte, aproximadamente. Eu precisava voltar para casa, almoçar e sair às uma e quinze para o trabalho. A sorte é que distância entre minha casa e o prédio do CFC (Curso de Formação de Condutores) é apenas de cinco quarteirões. Chegava do trabalho às nove da noite como de costume, e nesse cenário, a única possibilidade de terminar o dia era assistir Sex & The City até o sono chegar. 

Quando finalmente acabei o curso, quis duas coisas: minha cama e chorar de alegria. A felicidade, no entanto, durou pouco. Logo lembrei que eu precisava marcar algumas consultas médicas: "Preciso retornar ao oftalmologista e ginecologista que fui em junho"; "Minha pele está um lixo, tô precisando ver uma dermato"; "Meu deus! Precisava voltar na otorrino em maio para mostrar o resultados da operação e até hoje não fui!". Eu queria fugir desses pensamentos, mas alguma coisa estranha dentro de mim me fez pegar o telefone e marcar todas essas consultas de uma vez. 

E aqui estou eu escrevendo para vocês na última semana de férias, que está completamente lotada de compromissos médicos. Amanhã, inclusive, tenho exames de sangue e urina, e eu tô morrendo de medo de acidentalmente fazer xixi na hora que acordar e f***r tudo. 

Mas eu tô contando tudo isso para vocês apenas para falar uma coisa bem simples: Eu acho que tô virando adulta e deixando partes da minha adolescência se dissiparem. Funciona no automático, não consigo fazer parar, sabe? Não ter certa independência e autonomia simplesmente me causam incômodo, como se eu não tivesse controle sobre minha vida. Embora isso seja positivo por um lado, por outro essas sensações acompanham angústias diárias. Na medida em que minhas responsabilidades aumentam, minha ansiedade e insegurança também. 

Simultaneamente, ou numa tentativa de controlar ou de go with toda essa situação, andei questionando vários aspectos do meu estilo de vida. Ao ler o livro A Mágica da Arrumação, a vontade de entender e incorporar métodos de organização na minha vida aumentou de forma radical. Quero me livrar de metade das minhas coisas, quero coordenar meu dinheiro, quero economizar para planejar um intercâmbio, quero consumir de forma consciente, quero crescer na minha carreira, quero empreender,  quero, quero, quero, quero muito. No entanto, agora sei que essas coisas demandam tempo e elas não precisam virar uma obsessão, como a lista de planos das viradas de ano.  

Me sinto BEM perdida e meio sem futuro (OK, EU SEI QUE TENHO só 20 ANOS, já me falaram isso) mas vou compartilhando com vocês as saídas que tenho achado para me virar nessa vida de mocinha, e se você tiver na mesma, compartilha comigo.  

What people don’t tell you about growing up is that it keeps happening.


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